A Reserva Florestal do Instituto de Biociências (RFIB) - também conhecida como “Matinha” da Bio - compreende uma área de 10,2 hectares e 30 metros de declive, localizada na Cidade Universitária Armando Salles de Oliveira, Butantã, SP. Este fragmento florestal urbano abriga em seu interior a nascente do ribeirão Tejo, sendo essa provavelmente a principal razão de sua preservação. 

Embora de dimensões reduzidas, a nascente, cujo riacho forma um pequeno lago artificial na extremidade norte da área, favorece a existência de inúmeras espécies animais - principalmente aves - que usam o manancial para abrigo, local de alimentação e reprodução.

A floresta, além de possuir cerca de 120 espécies de árvores nativas, é composta por extrato vegetal médio e inferior diversificado, com grande quantidade de epífitas, lianas, entre outras. Abriga ainda enorme quantidade de fungos e microrganismos que contribuem para a complexa cadeia trófica desta floresta.

Além de sua relevância intrínseca por manter essa biodiversidade, a Reserva também presta serviços ecossistêmicos, tais como a manutenção de clima mais ameno em seu interior e entorno, proteção da nascente e da qualidade da água do ribeirão, prevenção de erosão do solo e sequestro de carbono.

Vale destacar também que este fragmento florestal serve como um laboratório vivo desde a criação da Cidade Universitária, prestando-se a muitas atividades de pesquisa, ensino e extensão, não somente do IB, mas também de diversos outros institutos da USP, como: IAG, IGc, IQ, IP, FMVZ etc. 

Portanto, a manutenção dessa área representa uma grande contribuição às atuais e futuras gerações de estudantes, conservacionistas e público em geral, pois essa mata é um dos últimos patrimônios naturais do campus da USP e da região metropolitana de São Paulo.

Referências:

DELITTI, Wellington; PIVELLO, Vânia. Reservas ecológicas da Universidade de São Paulo. São Paulo, Edusp. 2017.

HÖFLING, Elizabeth; CAMARGO, Hélio. Aves do Campus. São Paulo. 1993.