Instituto de Biociências

Flora

Foto: Luiz Oliveira.

A flora da RFIB foi detalhadamente estudada ao longo de muitos anos e é composta por cerca de 120 espécies de árvores e arbustos nativos, 37 espécies de epífitas vasculares, 188 espécies de ervas, subarbustos e lianas. Há ainda, pelo menos 30 espécies lenhosas exóticas, sendo a palmeira australiana (Archontophoenix cunninghamiana) um grande problema, com intensa proliferação, ameaçando várias espécies nativas.

A vegetação desse fragmento pode ser caracterizada como uma transição entre a floresta ombrófila densa - característica das encostas da Serra do Mar - e a floresta estacional semidecídua, do interior do Estado, ambas fisionomias da Mata Atlântica. 

O estrato superior dessa mata é formado por árvores de 10 a 25 m, que geralmente possuem a copa frondosa, totalmente exposta à luz solar, com caules grossos e fuste alto. Destacam-se os cedros (Cedrela fissilis), as figueiras (principalmente Ficus insipida), o pau jacaré (Piptadenia gonoacantha), o araribá (Centrolobium tomentosum), o tapiá (Alchornea sidifolia) e o tapiá-mirim (Alchornea triplinervia). 

Abaixo, há um segundo estrato arbóreo, formado por espécies de menor porte, entre 4 e 10 m de altura, merecendo destaque o marinheiro (Guarea macrophylla), a canela-amarela (Endlicheria paniculata), a guaçatonga (Casearia sylvestris) e o cambuí (Myrciaria floribunda). Dentre os arbustos, são muito abundantes os indivíduos de grandiúva-de-anta (Psychotria leiocarpa) e o cafezinho roxo (Psychotria suterella). 

O estrato herbáceo, rarefeito nas partes sombreadas, sobressai na orla da mata e nas baixadas úmidas. Sobre os troncos e ramos das árvores, crescem epífitas e apoiam-se muitas lianas, de delgadas a muito robustas.


Referências:

DELITTI, Wellington; PIVELLO, Vânia. Reservas ecológicas da Universidade de São Paulo. São Paulo, Edusp. 2017.

HÖFLING, Elizabeth; CAMARGO, Hélio. Aves do Campus. São Paulo. 1993.